"Ela [a alma] andará entre os monumentos funerários e as sepulturas, em volta dos quais, é um fato, já se viram espectros e sombras de almas: imagens apropriadas das almas que falamos, as quais, não tendo conseguido libertar-se do corpo em estado de pureza, mas sim em estado de participação do visível, tornam-se elas mesmas, em seguida, visíveis. (...)
E o que, sem dúvida, não o é, é pertencerem tais almas aos bons. Pertencem, pelo contrário, aos maus; elas são constrangidas a errar por tais lugares, pagando assim a pena relativa ao seu modo de vida anterior, que foi mau. E assim erram, até que a insaciabilidade daquele corpóreo que sempre as acompanha as ligue de novo às cadeias de um corpo. E ligam-se, como é natural, a corpos acostumados às maneiras de ser que, no curso de sua vida, elas tiveram."
-- Sócrates, "Fédon"